Domine as regras de pontuação no Jiu-Jitsu

No jiu-jitsu, pontuar é mais do que acumular números: é mostrar controle, técnica e capacidade de dominar uma luta com inteligência. Por isso, entender as regras de pontuação é fundamental para evoluir como praticante e competir com mais estratégia.

Neste guia, vamos explorar como a Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu (CBJJ) define o sistema de pontuação, quais movimentos garantem pontos, como funcionam as vantagens, o que pode ser punido e o que pesa na avaliação dos árbitros.

Sistema de pontuação: o que ele mede?

A pontuação serve como critério de avaliação em combates sem finalização. Cada posição conquistada ou transição bem executada soma pontos ao atleta, que deve manter o controle por pelo menos três segundos para que a pontuação seja válida.

Movimentos que somam pontos

As pontuações são divididas em três grupos:

2 Pontos:

Queda: semelhante a um takedown. Precisa ser seguida por controle do oponente por 3 segundos.

Raspagem: acontece da guarda ou meia-guarda e também requer controle após a inversão.

Joelho na barriga: exige posição correta e permanência por 3 segundos.

3 Pontos:

Passagem de guarda: quando o atleta sai da guarda do oponente e assume posição dominante, neutralizando o uso das pernas adversárias.

4 Pontos:

Montada: posição em que o atleta está por cima do adversário, com as pernas em cada lado do tronco.

Costas com ganchos: o atleta assume as costas do oponente com os dois calcanhares por dentro das coxas, sem cruzar os pés.

Para todas essas posições, é preciso demonstrar controle estável. Caso não mantenha por tempo suficiente, o atleta pode receber apenas uma vantagem.

Entendendo as vantagens

Vantagens não são pontos, mas são critérios de desempate. Elas são atribuídas quando o atleta quase pontua ou executa uma tentativa clara de finalização.

Segundo a CBJJ, há três situações que geram vantagem:

Movimentação quase completa de uma posição que pontua.
Tentativa de finalização que oferece perigo real.
Início de uma posição dominante, mas com perda precoce de controle.
Se a luta terminar empatada em pontos, as vantagens decidem o vencedor.

Faltas e punições: o que evitar no tatame

No jiu-jitsu, também há regras para manter a integridade e o respeito entre os atletas. As punições são aplicadas por:

Faltas gravíssimas (desclassificação imediata):

Agredir o adversário ou membros da arbitragem.
Aplicar golpes ilegais.
Tapar boca ou nariz do oponente.

Faltas graves:

Acumular quatro faltas graves leva à desclassificação.

Exemplos: ignorar ordens do árbitro, puxar oponente para fora da área, tirar o kimono de forma proposital.

Punições por falta de combatividade:

Se o atleta ficar mais de 20 segundos sem tentar evoluir de posição ou finalizar, será advertido.

Essas punições seguem a mesma gradação das faltas graves.

Critérios subjetivos na avaliação

Nem tudo é número. Os árbitros também observam a postura do atleta, sua ofensividade e o controle geral da luta. Tentativas de finalização e pressão constante podem pesar a favor, mesmo sem pontuação direta.

Manter a iniciativa e buscar dominação efetiva são atitudes que demonstram superioridade. Isso pode influenciar no resultado quando não há pontuações claras.

Atualizações nas regras

As confederações atualizam regularmente seus livros de regras. Por isso, é essencial que atletas estejam sempre atentos às mudanças. Estudar as diretrizes é uma parte do treino, especialmente para quem compete.

Estar por dentro do sistema de pontuação ajuda a lutar com mais segurança, planejar melhor as estratégias e aproveitar cada oportunidade no tatame.