Passador ou guardeiro no Jiu-Jitsu? Veja prós e contras

Dentro do Jiu-Jitsu, todo praticante acaba moldando seu jogo de acordo com aquilo que se adapta melhor ao próprio corpo, rotina de treinos e até mesmo à sua forma de pensar a luta. E se tem dois estilos que dividem bastante os atletas são: o passador e o guardeiro.


Cada um desses estilos oferece vantagens únicas — e também apresenta seus desafios. Entender essas diferenças pode te ajudar a explorar melhor suas qualidades no tatame, seja nos treinos ou nas competições.


O que é ser passador?


O passador é o atleta que joga por cima, buscando passar a guarda do adversário até chegar a posições de controle, como a montada ou as costas. Normalmente, esse estilo envolve mais pressão, ritmo intenso e deslocamento constante.


É comum que atletas mais leves ou com boa mobilidade se destaquem nesse tipo de jogo, mas isso não é regra. Com técnica e dedicação, qualquer biotipo pode desenvolver um jogo sólido de passagem de guarda.


Pontos fortes de ser passador:


Mais controle da luta: ao jogar por cima, o passador dita o ritmo e geralmente mantém o adversário na defensiva.


Acesso às posições dominantes: montada e costas são mais acessíveis após a passagem de guarda.


Menos risco de finalizações diretas: por estar por cima, o passador geralmente sofre menos ataques como triângulos e armlocks.


Uso da gravidade: aplicar pressão é mais eficiente quando se está por cima, usando o peso corporal a favor.


Desafios do passador:


Alto gasto físico: é um estilo que exige força, resistência e movimentação constante.


Domínio técnico obrigatório: saber várias formas de passar a guarda é essencial para não ficar travado.


Riscos durante a passagem: se errar o tempo ou a base, pode acabar raspado ou perdendo a posição.


O que é ser guardeiro?


O guardeiro prefere jogar por baixo, usando a guarda como ferramenta para controlar, raspar ou finalizar. É um estilo que depende muito de leitura de jogo, sensibilidade e, claro, bastante técnica.


Atletas mais altos e flexíveis costumam se sentir à vontade nesse estilo, aproveitando braços e pernas longas para manter o adversário à distância e abrir oportunidades de ataque.


Pontos fortes de ser guardeiro:


Grande variedade de técnicas: guarda fechada, aberta, aranha, De La Riva, meia-guarda... são várias as opções.


Potencial alto de finalização: muitas finalizações podem ser armadas a partir da guarda.


Alavancas a seu favor: jogar por baixo permite usar o próprio corpo como alavanca para desequilibrar o oponente.


Raspagens que mudam o jogo: inverter a posição com uma boa raspagem pode render pontos e abrir o caminho para o domínio.


Desafios do guardeiro:


Pressão constante: jogar por baixo exige resistência à pressão do adversário o tempo todo.


Risco maior de ser passado: qualquer brecha pode virar uma montada ou perda de pontos.


Necessidade de flexibilidade: muitas posições exigem boa mobilidade e adaptação corporal.


Qual estilo seguir?


A verdade é que não existe um “melhor” estilo. Tudo vai depender do seu perfil como praticante: seu corpo, seu tempo de treino, seu nível técnico e até sua preferência pessoal.


O ideal é que, com o tempo, você desenvolva os dois lados. Saber jogar por cima e por baixo torna seu jogo muito mais completo e te deixa preparado para qualquer situação.


Versatilidade é a chave


Se adaptar ao que a luta exige faz toda a diferença. Dominar as transições, entender os momentos certos de atacar e saber alternar entre estilos é o que separa um bom atleta de um grande competidor.


A longo prazo, investir em um jogo versátil te permite evoluir mais rápido e entender melhor os fundamentos do Jiu-Jitsu.


Exemplos reais


Passadores de destaque: Rodolfo Vieira e Marcus “Buchecha” se tornaram referência no jogo por cima, com passagens rápidas e controle absoluto.


Guardeiros de elite: Caio Terra e Vinícius Marinho mostram como a guarda pode ser uma arma letal, com finalizações rápidas e raspagens cirúrgicas.


E você? Vai por cima ou por baixo?


Seja qual for o caminho que você escolher, o importante é se conhecer, treinar com consistência e manter a mente aberta para aprender com os dois estilos.


No fim das contas, o melhor jogo é aquele que funciona para você — e o kimono certo pode ser um grande aliado nessa jornada.


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